Acredita-se que o couro cabeludo contenha aproximadamente entre 100 mil e 150 mil fios de cabelo, e que eles cresçam cerca de 10 mm por mês, com uma perda normal de 60 a 100 fios por dia.¹ Até aí, não há nada de errado: cabelos caem!
Considerando a importância dos cabelos para a aparência e autoestima, cuidar da saúde capilar é tão importante quanto manter os cuidados com a pele do rosto.
Por esse motivo, preparamos este guia completo para você entender as principais causas da queda de cabelo feminino e quais estratégias adotar para evitá-la. Confira!
Quais são as principais causas de queda de cabelo feminino?
A queda de cabelo feminino pode ser causada por diversos fatores, incluindo predisposições genéticas, desequilíbrios hormonais como distúrbios da tireoide e síndrome dos ovários policísticos, além de doenças autoimunes como o lúpus.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia do Estado de São Paulo, outros desencadeadores comuns incluem estresse, pós-parto, uso de medicamentos específicos e deficiências nutricionais por conta de dietas restritivas, podendo fazer o cabelo cair mais do que o normal, porque desequilibram o organismo.²
Entenda a seguir como cada um destes fatores altera a saúde dos seus fios.
Fatores hormonais
Alterações hormonais, principalmente relacionadas à tireoide (tanto hipotireoidismo como hipertireoidismo) podem levar à queda capilar.
Além disso, a síndrome do ovário policístico, na qual há um desbalanço hormonal, com aumento de hormônios masculinos, também pode levar a um afilamento dos fios com posterior queda.
Na menopausa, ocorre uma diminuição do estrógeno (hormônio feminino) que tem uma importante ação no ciclo capilar, promovendo a manutenção da fase de produção da haste do cabelo (fase anágena).
Já no pós-parto, a queda dos cabelos deve-se a dois fatores: queda abrupta dos hormônios (estrógeno e progesterona) e o estresse do parto, chamado de eflúvio telógeno.
Estresse
Durante o estresse, tanto emocional (ansiedade, depressão), como o relacionado a doenças (febre, dengue, Covid, cirurgias), ocorre um processo que acelera o início da fase telógena, levando ao eflúvio telógeno, que pode levar à queda capilar.
Deficiências nutricionais
O déficit nutricional atrapalha o funcionamento do organismo como um todo, dessa maneira, a queda de cabelo feminino é apenas uma das diversas manifestações de carência vitamínica, geralmente sendo a primeira manifestação da falta de algum nutriente.
A deficiência de ferro, zinco, biotina, vitamina D, proteína podem levar à queda dos cabelos.
Genética
Em mulheres, a causa genética não está bem esclarecida, no caso de alopecia de padrão feminina (antigamente conhecida como alopecia androgenética feminina), como ocorre na alopecia androgenética masculina.
Parece que o número de repetições de uma combinação específica de aminoácidos nos receptores androgênicos, quando menores que 15, pode estar associado à alopecia de padrão feminino.
A alopecia de padrão feminino costuma manifestar-se entre os 30 e 40 anos, com piora progressiva após a menopausa, sendo caracterizada por um afinamento difuso dos cabelos, geralmente poupando a linha de implantação capilar. Com o passar do tempo, nota-se uma diminuição do volume capilar.
Doenças e medicamentos
Alguns medicamentos podem apresentar como efeito colateral a queda de cabelos, como, por exemplo: beta-bloqueadores, anticoagulantes, antidepressivos, anticonvulsivantes, anti-inflamatórios, estatinas e anabolizantes, ou até mesmo parar de usar anticoncepcional oral.
Algumas doenças sistêmicas podem estar relacionadas à queda de cabelos: alterações de tireoide, lupus, sífilis, dengue, Covid, entre outras.
Cuidados capilares inadequados
Tracionar muito os fios para prendê-los pode levar à perda permanente de cabelo. O termo médico para essa condição é “alopecia por tração”.
Também o uso de escovas ou pentes quentes levam a esse quadro, pois a tração e o dano físico ao eixo do cabelo levam inicialmente a alterações do ciclo de crescimento capilar, com posterior destruição progressiva dos folículos terminais tracionados, resultando em uma alopecia definitiva.
Produtos químicos, como os utilizados em alisamento, também podem danificar os fios, levando a quebras.
Quais são as melhores vitaminas para queda de cabelo?
Conheça as principais vitaminas e minerais que podem auxiliar no combate à queda de cabelo.
Biotina
A biotina, do complexo B, gera energia junto com outras vitaminas. Única do grupo relacionada à queda de cabelo, sua deficiência é rara e pode estar ligada ao uso de antibióticos, anticonvulsivantes e doenças congênitas.
Apesar de a falta de biotina estar relacionada com a queda dos cabelos, não há estudos que comprovem o benefício do seu uso no crescimento dos cabelos, apenas em pacientes que têm dificuldade de absorção ou aumento de necessidade diária, como acontece em pacientes etilistas ou na gravidez.
Ferro
O ferro participa de diversas reações no corpo humano e sua falta pode ser responsável pela queda de cabelo feminino em algumas mulheres.
Sua deficiência pode ser secundária a fluxo menstrual intenso, perdas gastrointestinais, condições que levam a má absorção (doenças intestinais inflamatórias, doença celíaca), uso de protetores gástricos, cirurgia bariátrica, gestação, lactante, pessoas vegetarianas e veganas.
Com a falta de ferro, os cabelos ficam mais finos, fracos, opacos e secos, resultando em queda. A reposição do ferro aumenta os níveis de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, melhorando a saúde capilar.
Zinco
O zinco é um mineral importante para o nosso corpo, ajudando várias enzimas a funcionarem, na produção de proteínas e até na regulação da expressão gênica.
Sua deficiência pode ocorrer em doenças genéticas e de má absorção intestinal, após cirurgia bariátrica, alcoolismo, gestação, lactantes, pacientes veganos ou vegetarianos, uso de algumas medicações, como o ácido valproico. Como sintomas, o paciente pode apresentar diarreia, dificuldade de cicatrização e desordens imunológicas.
Em relação aos cabelos, parece que o zinco contribui para o crescimento capilar por atuar na síntese de proteínas. Sua deficiência pode levar a fios mais quebradiços e ao eflúvio telógeno.
Vitamina D
Cientistas ainda não sabem exatamente como a vitamina D influencia o crescimento dos cabelos, mas foi observado um aumento de receptores da vitamina D em folículos que estão em crescimento. Isso significa que a falta de vitamina D pode levar à queda de cabelo, pois interfere no ciclo natural de crescimento dos fios.
Pessoas com alopecia areata, uma doença autoimune que causa queda de cabelo em placas circulares, podem ter deficiência de vitamina D.
Outras vitaminas e minerais
Vitamina C é um antioxidante, podendo ajudar na qualidade dos fios. O silício é um importante componente dos fios e também para a produção de colágeno.
É importante lembrar que o uso de vitaminas e suplementos ajuda a melhorar a qualidade da haste e o controle da queda, mas, geralmente, são um tratamento auxiliar.
Tratamentos caseiros para calvície feminina funcionam?
Há pouca evidência científica que os tratamentos caseiros funcionem, como por exemplo, óleos essenciais, babosa ou vinagre. Seu uso de forma inadvertida pode causar irritações, queimaduras no couro cabeludo e piorar a queda capilar.
Já a massagem capilar pode auxiliar no tratamento da queda capilar, pois pode melhorar a circulação sanguínea no local, porém deve-se tomar cuidado para não tracionar os fios nem machucar o couro cabeludo.
Como escolher um remédio para queda de cabelo feminino?
Único suplemento para cabelos reconhecido pela Sociedade Mundial de Tricologia com selo de Ouro, além de ser o mais vendido na Europa, NourKrin® é um suplemento indicado para a queda de cabelo, especialmente a queda de cabelo feminino.
NourKrin®é um suplemento alimentar único e exclusivo, com mais de 100 estudos clínicos, e age em 4 etapas ao longo de 6 meses:
- Meses 1 e 2: nutre os fios mais finos;
- Meses 2 e 3: fortalece e promove o crescimento do cabelo existente;
- Meses 3 e 4: estimula e promove o crescimento de fios adormecidos;
- Meses 5 e 6: os fios novos tornam-se ainda mais fortes e saudáveis.
Quando devemos nos preocupar com a queda de cabelo?
Perder alguns fios por dia é normal, mas se a queda for acentuada e persistente, procure um dermatologista. Isso pode ser sinal de um problema que precisa de tratamento.
Queda excessiva
É normal perder alguns fios de cabelo todos os dias. O número varia de pessoa para pessoa, mas em média, podemos considerar até 60 fios por dia como algo normal.
É importante que cada indivíduo conheça o seu normal de queda e se perceber um aumento nos últimos 30 dias, deve procurar um dermatologista para uma melhor avaliação.
Falhas no couro cabeludo
As falhas podem ser decorrentes da rarefação capilar por queda, por quebra ou por alguma doença.
Em mulheres, quando ocorre um aumento da queda, observa-se, inicialmente, uma diminuição da quantidade de fios nas regiões parietais e, com o passar do tempo, uma diminuição do volume capilar.
Na alopecia areata, ocorre uma perda completa dos fios, podendo ser de forma localizada ou generalizada, ficando a região sem nenhum pelo.
Áreas de falhas que apareceram de forma rápida, devem ser investigadas, bem como um aumento da queda capilar notada nos últimos 30 a 90 dias.
Outros sintomas
Descamação, prurido podem ser sinais de uma dermatite seborreica, também conhecida como caspa. Em alguns casos, essa inflamação que está ocorrendo no couro cabeludo pode contribuir com a queda.
Alguns pacientes relatam uma dor no couro cabeludo, que pode ou não estar associada a queda capilar. Esses quadros são chamados de tricodinea.
Qualquer alteração do ciclo dos cabelos ou presença de descamação, vermelhidão ou sintomas como coceira e dor, devem ser avaliados por um médico dermatologista.
Conclusão
Como vimos, os cabelos são parte importante da nossa autoestima e merecem todo o nosso cuidado. Agora que você já conhece as principais causas da queda de cabelo feminino e sabe como cuidar da saúde dos seus fios, chegou a hora de colocar as dicas em prática!
Lembre-se: garanta uma alimentação balanceada, use produtos específicos para o seu tipo de cabelo, evite penteados que causem tração excessiva nos fios, tente gerenciar o estresse, praticando atividades relaxantes e, se você notar queda acentuada de cabelo, consulte um dermatologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
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Referências:
- FERREIRA, Mary Vitória Simões; FERREIRA, Viviane Cristine; SILVA, Débora Parreira da. CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DA ALOPECIA ANDROGENÉTICA. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/simgeti_eic2023/757461-CARBOXITERAPIA-NO-TRATAMENTO-DA-ALOPECIA-ANDROGENETICA. Acesso em: 30/04/2024
- SBD. Disponível em https://www.sbd-sp.org.br/geral/conheca-o-efluvio-telogeno-um-tipo-de-queda-de-cabelo/. Acesso em: 30/04/2024